A saúde configura-se como um estado de harmonia entre a mente e o corpo, estado esse que pressupõe o equilíbrio, quer das funções cerebrais, quer dos diversos órgãos. A doença na concepção da homeopatia é algo invisível. É um distúrbio da força vital invisível. Força vital é a vida que anima um ser vivo. Toda a globalidade psicossomática da entidade viva estruturada no interior de um invólucro, que sem os compostos que o “animem”, nada mais é do que um cadáver. A definição de saúde não é compreensível sem que tenhamos em linha de conta o “ser” global, nos seus três níveis de existência: o mental, o emocional e o físico. “A carência fundamental da medicina moderna, mecanicista e materialista, é a de ter ignorado e ocultado a realidade holística do ser humano no âmbito da saúde e da enfermidade. Também é consequência de ter ignorado e ocultado as leis da vida por uma ausência total de educação e de informação” – Laurent Messian –.

A nossa luta permanente, desde o nascimento até à morte, constitui-se como um combate duradouro contra as agressões do meio ambiente, o que implica um equilíbrio dos três níveis de existência e um fortalecimento constante do sistema imunitário. Estamos doentes, em regra, quando o nosso sistema imunitário é portador de uma deficiência específica. Tratar uma determinada patologia ou prevenir patologias futuras, implica grosso modo, o reequilíbrio de todas as nossas funções e consequente reforço da imunidade. A doença que não tem necessidade de intervenção cirúrgica ou é aguda, crônica, por abuso de medicamentos ou por deficientes condições de vida. Muito antes da conceptualização da Medicina Psicossomática, aquele afirma que existem doenças psíquicas geradas por doenças físicas e moléstias orgânicas condicionadas pela persistência de ansiedades, aborrecimentos, irritações, injustiças, medos, mágoas e traumas, que em pouco tempo podem destruir a saúde física. As doenças do homem físico, são as do homem psíquico. Quanto mais forem as queixas físicas, mais doente estará o indivíduo. Se predominarem as queixas psíquicas, a terapêutica homeopática será extraordinariamente eficaz impedindo que o paciente seja acometido ulteriormente por padecimentos orgânicos. Na doença aguda, decorrendo da sua atualidade, os principais sintomas são facilmente individualizáveis, exigindo-se um pequeno esforço do homeopata e do paciente para se delinear o quadro clínico. Selecionado e ministrado o correto medicamento homeopático, a doença declinará, levando algumas horas se é de recente instalação ou mais tempo se for de longa duração constatando-se primariamente a melhoria do estado mental. Um aumento do conforto, da serenidade e de certo modo, da alegria com retorno ao estado natural de equilíbrio, é um índice seguro de melhoria.

Iatrogenia: No seio das doenças crônicas surge um grupo de enfermidades que tem aumentado no decorrer das décadas e que, infelizmente, se assumem como as mais graves e incuráveis das doenças de longa duração. Referimo-nos às doenças iatrogênicas, ou seja, aquelas que são produzidas por ações médico-terapêuticas inadequadas.

Doenças crônicas: As doenças crônicas são aquelas cujos sintomas demoram a aparecer e apresentam um curso mais lento do que o das doenças agudas. Ex: câncer, úlceras, insuficiências renais, insuficiências cardíacas, etc.
A doença crônica apresenta o seguinte curso: dos sintomas gerais e pouco definidos(mal estar, indisposição, alteração de várias funções) ela pode ou não agredir para perturbações mais nocivas como distúrbios fisiológicos, tais como: vômitos, pressão alta, febre etc. Numa etapa muito posterior é que vemos aparecer sintomas físicos mais graves e que revelam as lesões patológicas.

Ex: Alguns indivíduos adoecem na pele. Ao tratar sua pele, a doença caminha para os órgãos do sistema respiratório. É comum que as pessoas realizem procedimentos cirúrgicos em uma parte do corpo e, posteriormente, aparecem problemas semelhantes em órgãos mais importantes. Isso significa que a doença está se aprofundando e piorando. Sempre esta decisão requer um profissional treinado para poder orientar corretamente a pessoa. Supressão Quando uma doença é eliminada por medicamentos ou cirurgicamente, sem levar em consideração a totalidade dos sintomas e o modo como a pessoa vive, ela corre o risco de supressão. Isto é, a doença pode se aprofundar naquele organismo.